Em busca de uma boa forma de fazer psicologia do esporte

Assim, a preparação psicológica deve ocorrer como parte do processo de treinamento, pois a variação de desempenho também se deve ao emocional dos atletas. Para Weinberg e Gould (2001, p. 28), “a Psicologia do Esporte e do Exercício é um estudo científico de pessoas e seus comportamentos em atividades esportivas e atividades físicas, e a aplicação deste conhecimento”. Essas definições são essenciais para entender que a Psicologia do Esporte, além de ser uma disciplina acadêmico-científica, é também um campo de intervenção profissional que envolve conceitos da Psicologia e das Ciências do Esporte. Quanto ao conceito, de acordo com Feltz esta especialidade é identificada como uma subdisciplina da Psicologia, enquanto outros a veem como uma subdisciplina das Ciências do Esporte .

É necessário para este profissional uma cultura alicerçada em elementos que contribuam para o entendimento do contexto específico de atuação. Desta forma, o psicólogo esportivo deve trabalhar com atenção e rigor científico na prática esportiva para não convertê-la em uma Psicologia que simplifica todos os fenômenos do esporte. Assim como o trabalho físico ou técnico, o trabalho psicológico também precisa de tempo e treino para mostrar resultados. Além da investigação científica, a psicologia do esporte também atua a partir de intervenções no contexto esportivo. Por isso, busca-se melhorar o desempenho, ao mesmo tempo em que se minimizam ou neutralizar os pontos fracos.

Graduados em Psicologia e outras áreas que pretendem atuar no esporte ou exercício físico. Essas são algumas das ações promovidas pela Clínica Move dentro do campo da Psicologia da Saúde, com o objetivo de integrar conhecimentos clínico, educacional e social com outras ciências da saúde para melhorar sua relação com o mundo e consigo mesmo. No primeiro caso, atletas lesionados em reabilitação lidam também com o estresse, a ansiedade e a depressão em um período prolongado de incertezas. De maneira geral, portanto, vemos que a intervenção tem como parâmetros não apenas os conhecimentos específicos de psicologia do esporte, mas também pode se enriquecer muito a partir das bases filosóficas e metodologia da gestalt-terapia.

Brasil

Já a concentração visa ensinar o atleta a focalizar a atenção naquilo que é relevante no momento do treino e de sua competição. Certamente você já percebeu que, até para fazer uma simples academia, sua condição mental influencia diretamente na forma como você realiza o exercício. Muitas dessas sensações são consequências de pensamentos, considerações, percepções de si mesmo e do mundo. Existe certa dificuldade em determinar o início preciso da Psicologia do Esporte em diversos países sem correr o risco de cometer várias injustiças, sobretudo no Brasil onde essa prática tem pouca ou nenhuma divulgação . Os registros oficiais mostram que a Psicologia do Esporte, no Brasil, está em sua sexta década. Acredita-se que seu início ocorreu através do professor João Carvalhaes em 1954, no Departamento de Árbitros da Federação Paulista de Futebol.

Individualmente, como noções de anátomo-fisiologia e biomecânica, e específicas do esporte, como as modalidades esportivas e regras. Dar aos atletas respaldo psicológico é tão importante quanto lhes fornecer uma alimentação balanceada, programada por nutricionistas. Afinal, o corpo físico e o mental são as duas faces de uma mesma unidade e merecem a igual atenção (BECKER & SAMULSKI, 1998). Cuidar do corpo significa percebê-lo como um todo unificado, do qual fazem parte emoções e estruturas mentais.

“O psicólogo que atua no esporte pode ser procurado também por praticantes de atividades físicas que buscam apenas bem estar, saúde e lazer. Qualquer pessoa que desejar potencializar seu rendimento, ou de sua equipe, pode buscar esse auxilio”, esclarece. A preparação psicológica deve acontecer como parte do processo de treinamento, assim como ocorre com os trabalhos de preparação física, técnica betfiery login e tática. Neste sentido, é fundamental a participação do psicólogo junto às decisões da comissão técnica no planejamento e execução da temporada esportiva. No campo da psicologia existem diversas vertentes teóricas para explicar e orientar as intervenções sobre o comportamento humano, visando a promoção da saúde, a adaptação do indivíduo em relação a necessidades particulares e/ou sociais.

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Quem quer se destacar nesse nicho é bom se especializar e fugir da concorrência de trabalhar em clínicas “comuns”. Seja em qualquer um desses ramos, o objetivo principal desse especialista é melhorar a autoconfiança e ampliar a capacidade de concentração do esportista para que ele apresente uma boa performance tanto individual quanto coletivamente. A partir dos resultados dessa avaliação, identificamos quais habilidades devem ser trabalhadas por meio de treinamentos.

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Se as ferramentas utilizadas pelo pesquisador João Carvalhaes não foram eficazes na elaboração de um perfil psicológico esportivo, provavelmente já apresentava provas da fragilidade de um dos maiores astros do futebol brasileiro de todos os tempos. Assim sendo, se existem necessidades no plano físico/biológico, é preciso estar atento ao profissional capacitado para intervir no problema em questão, seja ele o nutricionista, o ortopedista, o clínico geral, o fisioterapeuta ou o cirurgião. No entanto, a presença desse profissional nas Comissões Técnicas nem sempre é bem aceita e compreendida, talvez pela dificuldade de a ciência atingir essa população ou pelas crenças socioculturais já tão enraizadas no meio esportivo. O conceito de experimento oferece ao gestalt-terapeuta, em qualquer ambiente, a liberdade para utilizar qualquer recurso que julgue necessário para ampliar a awareness do sujeito, seja ele uma técnica predeterminada ou uma criação do psicólogo. De acordo com Yontef , o gestalt-terapeuta pode usar qualquer método ou técnica desde que o objetivo seja o aumento da awareness e que resulte de diálogo e trabalho fenomenológico.

No esporte de rendimento a psicologia do esporte estrutura o seu trabalho a partir da avaliação/diagnóstico do atleta e dos aspectos do treinamento e intervenção. O processo de avaliação envolve entrevistas iniciais e aplicações de diversos instrumentos na busca de verificar e compreender as habilidades cognitivas e comportamentais dos atletas, além de avaliar as necessidades dos praticantes. A prática da intervenção, individual ou em grupo, é composta pelos elementos de orientação, recomendação, treinamento mental e práticas terapêuticas, tendo como escopo principal a performance esportiva.