A História Do Cinema
Na realidade, a discussão sobre a linguagem cinematográfica esteve restrita aos produtores de imagens – os cineastas – e aos teóricos do cinema. Foi somente a partir de meados da década de 1960 que a discussão propriamente metodológica sobre a relação cinema-história passou a existir, tendo como ponto central a questão da natureza da imagem cinematográfica. Observe-se, contudo, que as novas abordagens nessa área percorreram caminhos específicos, e é isso que iremos examinar a seguir. Quem não se encantou quando foi pela primeira vez ao cinema assistir a um filme?
Mesmo as casas menores com orçamentos mais baixos quase sempre tinham um órgão ou piano. Quando a Warner Bros comprou a tecnologia Vitaphone, planejou usá-la para fornecer acompanhamento orquestral pré-gravado para seus filmes, aumentando assim sua capacidade de comercialização para os teatros menores que não tinham seus próprios. Afinal de contas, Edison havia encomendado o cinetoscópio para criar um acompanhamento visual do fonógrafo, e muitos dos primeiros teatros tinham orquestras para fornecer acompanhamento musical aos seus filmes. O caso Arbuckle e uma série de outros escândalos aumentaram o medo do público sobre o impacto de Hollywood.
As exibições em teatros, óperas ou feiras dos primeiros filmes eram acompanhadas invariavelmente de música de fundo, habitualmente da autoria de um pianista que aplicava a sua própria visão das cenas do filme às teclas do piano. Logo, ver um filme em salas diferentes implicaria sempre ouvir um acompanhamento sonoro diferente. Ao longo do tempo os próprios sons do piano foram-se padronizando, (todos sabiam que ao ouvir determinado acorde estavam perante o vilão) atirando para o chão a teoria de que o mudo era silêncio.
É possível concluir que o reconhecimento ver filmes online hd de Sorlin da contribuição de Ferro no sentido de trazer o cinema para o campo da história, e o avanço de seus trabalhos em relação a seus predecessores, como Kracauer,49 não significam uma identidade com seus métodos de trabalho. Em comum, a ideia de que a imagem não copia a realidade e de que a câmera revela aspectos que ultrapassam as evidências. Entretanto, contrário ao estabelecimento de uma homologia entre filme e mentalidade de uma sociedade num dado momento histórico, Sorlin procura um sistema de leitura distinto de Ferro.
Tal como ocorreu durante a Segunda Guerra mundial com os nazistas, os inimigos americanos eram desmoralizados, vistos como vilões a serem combatidos. Em 1917 ocorreu a Revolução Russa e ao mesmo tempo o Cinema germinava na Rússia, ganhando notoriedade e um grande incentivo às artes e produções cinematográficas.
As Câmeras Do Cinema Digital
Nos primeiros dez anos nasceram mais de cinquenta companhias cinematográficas, que, por falta de verbas ou desencanto com o cinema, foram desaparecendo tão depressa como apareceram. Algumas foram-se fundindo até que no início dos anos vinte havia um conjunto de grandes produtoras que controlava a produção e distribuição dos filmes. W. Grifitth, que soubera como ninguém levar o cinema ao público, sendo um dos pais do Star System de Hollywood.
Primeira Exibição Cinematográfica
Antes da guerra, a Alemanha produzia mais de 200 filmes por ano, onde se destacavam os trabalhos de Fritz Lang e G.B.Pabst. Após a ascensão de Hitler em 1933, a indústria cinematográfica alemã passa a ser controlada pelo Ministro da Propaganda, Joseph Goebbles, dando origem a verdadeiras homenagens ao fascismo como o filme de Leni Riefenstahl O Triunfo da Vontade. Em Espanha, o cinema passa a ser controlado pela Companhia Industrial del Film Espanol e com a ascensão do ditador Franco no final da década, os filmes passa a ser controlados pelo Estado. Na União Soviética, a produção é dominada por dramas, adaptações literárias e acontecimentos históricos, destacando-se o trabalho do realizador Sergei Eisenstein. Uns falhavam na sincronia, outros gastavam demasiado o disco e havia aqueles que falhavam na exibição da película. Foi por essa altura que a RCA começou a trabalhar num modelo que eliminasse o problema da exibição em separado do filme e do som.
Alguns elementos poderiam traduzir uma manifestação não-intencional, e ainda assim ser capazes de esclarecer de maneira indireta um fenômeno social. Em relação à crítica histórica e social dos documentos, Ferro procura examinar as imagens através da crítica de autenticidade, de identificação e de análise. A primeira traz em si uma ambiguidade, posto que as pessoas podem saber ou não saber se estão sendo filmadas. Existem ainda outros elementos, sobretudo para o caso dos cinejornais, que permitem verificar se o documento é ou não reconstituído ou modificado. Segretto, imigrante italiano que filmou cenas do porto do Rio de Janeiro, torna-se nosso primeiro cineasta em 1898. Um imenso mercado de entretenimento é montado em torno da capital federal no início do século XX, quando centenas de pequenos filmes são produzidos e exibidos para plateias urbanas que, em franco crescimento, demandam lazer e diversão.